terça-feira, 20 de abril de 2010

Jovens e o uso do crack!

Nova pesquisa sobre o uso de crack no país está sendo desenvolvida.

Ministro da Saúde participou do Painel RBS, que lançou a segunda etapa do Crack Nem Pensar

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou na manhã de hoje que está sendo desenvolvida uma pesquisa para traçar o cenário do uso e tráfico de crack no país. A declaração foi feita durante o Painel RBS que lançou a segunda etapa da campanha Crack, Nem Pensar do Grupo RBS. Convidado especial, Temporão lembrou que a última pesquisa sobre o tema, realizada em 2005 no Brasil, já apresenta dados defasados.

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— Queremos analisar o tamanho do problema para que nós tenhamos mais informações sobre o perfil das pessoas que usam a droga — disse Temporão, explicando que os dados serão recolhidos no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

O ministro da Saúde lembrou que o governo disponibilizou R$ 215 milhões para o combate às drogas e apoio de usuários. O objetivo é aumentar em 2,3 mil leitos em todo o país e ampliar a capacidade de tratamento.

— Eu vou assinar uma portaria ampliando em mais 30 o número de centros psicossociais para todo o Brasil e cinco para o Rio Grande do Sul. Aí, o Brasil chega a 1,5 mil centros, uma cobertura de aproximadamente 65% do que consideramos ideal — afirmou.

A conversa aberta com as crianças e jovens é uma forma de prevenção indispensável segundo o ministro. Para Temporão, aos dez anos a criança já é capaz de compreender o perigo do uso de drogas:

— Tanto na escola quanto na família essa questão deve ser abordada. Muitas vezes há dificuldade de diálogo, de conversa. O pai trabalha, a mãe trabalha. O Brasil ainda não dispõe de uma rede de creches. Pelo contrário, a cobertura de creches no Brasil é muito baixa.

Temporão alertou que o consumo de drogas pesadas, como o crack, geralmente está ligado ao consumo de droga lícitas, como cigarro e álcool.

— A permissividade com que a sociedade vê o consumo do álcool é preocupante - alerta o ministro - O crack é um subproduto da cocaína, ele é muito barato, o que é um outro problema, e ele tem um efeito de criar dependência rapidamente, e um efeito físico e mental devastador.

Mais informações sobre a campanha, download de material e notícias podem ser encontrados no site da campanha Crack, Nem Pensar.